01/04/2025
O município de Oliveira - MG passou a integrar novamente o Circuito Turístico Campos das Vertentes. Na gestão anterior, por questões políticas, o município foi incluído no Circuito Vale Verde e Quedas D’Água, que conta com cidades distantes de Oliveira e sem vínculo regional com o nosso turismo local. O Circuito Campo das Vertentes é composto por cidades vizinhas, culturalmente mais alinhadas com o nosso município. Isso facilitará a integração regional e fortalecerá o turismo, gerando benefícios para todos os municípios envolvidos.
ZEMA,
JUDICIÁRIO E AS DÍVIDAS DE MINAS
Não é novidade que o Estado de Minas Gerais está endividado, mas muitos mineiros não sabem que esse endividamento já dura mais de 30 anos e ultrapassa os R$ 188 bilhões. Somente durante o Governo Zema, a dívida aumentou mais de 50%, uma vez que não houve amortização significativa. Mas qual é o segredo que o Governo Zema encontrou para administrar e tentar equilibrar as finanças estaduais? A resposta está no Judiciário: por meio de liminares e sentenças, o Estado conseguiu adiar os pagamentos mensais à União, o que deu fôlego ao Governador para administrar as despesas. No entanto, a dívida continua crescendo.
Nem tudo está perdido, graças ao trabalho do
Senador Rodrigo Pacheco e de parlamentares ligados ao Governo Federal, surgiu o
Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (PROPAG), que prevê
descontos de juros e parcelamento para os Estados endividados com a União. Zema
deveria agradecer ao Judiciário e aos políticos envolvidos nesse novo modelo.
Porém, ao invés disso, ele tem feito várias críticas, com foco em interesses
eleitorais, a quem tem tentado buscar soluções para a crise do Estado.
E, falando em dívidas, o que surpreende é que, além
de não pagar parte da dívida atual, Zema pediu autorização à Assembleia
Legislativa para que o Estado contraia um empréstimo de R$ 100 milhões com
bancos internacionais. Como esperar que o Estado resolva suas pendências
financeiras se nem sequer negocia o que deve, já se propondo a contrair mais
dívidas?
EQUÍVOCOS POLÍTICA ECONÔMICA DO GOVERNO FEDERAL
Sinceramente, não consigo entender as medidas
adotadas pelo Governo Federal em relação à política econômica. Nos últimos
meses, os preços, especialmente dos alimentos, aumentaram significativamente,
impactando o orçamento das famílias. Para controlar a inflação, o Banco Central
tem elevado a taxa de juros, tentando reduzir o consumo e os índices
inflacionários. No entanto, o próprio Governo incentiva o consumo ao liberar
linhas de crédito para trabalhadores por meio de empréstimos consignados da
CLT, utilizando recursos do FGTS. Ou seja, essa estratégia contradiz os
esforços para controlar a inflação, causando transtornos ao setor produtivo,
que sofre com a elevação dos juros.
Para realmente controlar a inflação dos alimentos,
é necessário adotar medidas estruturantes, especialmente no setor agrícola, com
a oferta de juros reduzidos, qualificação técnica e seguro agrícola. Se
implementadas de forma eficaz, essas medidas podem incentivar o crescimento da
produção e, consequentemente, a redução dos preços dos alimentos no médio
prazo.
ORÇAMENTO DA UNIÃO
Após quase três meses de atraso, o Congresso Nacional aprovou o Orçamento da União para o ano de 2025. Esta é uma das leis mais importantes, pois define como os recursos públicos serão aplicados. Deveria ser uma prioridade para o Congresso, mas, como a maioria dos parlamentares está mais focada em criar vídeos para engajamento e participar de eventos no exterior, leis essenciais acabam ficando em segundo plano. Aliás, por falar em orçamento, é lamentável como ele foi apropriado pelos parlamentares. Cerca de 50% de todo o orçamento é destinado às emendas e indicações de deputados e senadores, sobrando muito pouco para que o Governo Federal faça os investimentos necessários em políticas públicas. A pulverização dos recursos sem planejamento prejudica investimentos em áreas prioritárias, o que compromete o desenvolvimento do Brasil.
VLT E OS PROBLEMAS DE NOSSA CIDADE
A VLI, empresa responsável pela ferrovia que corta nossa cidade,
está negociando com o Governo Federal a renovação do contrato. Durante essa
renovação, a empresa deverá assumir a responsabilidade de investir cerca de R$
30 bilhões em manutenção e melhorias na malha ferroviária. E é aqui que entra a
necessidade de nosso município reivindicar obras de melhoria em torno da
ferrovia. Essas obras, de custo elevado, não devem ser arcadas exclusivamente
pelo município, mas sim pela VLI. Para isso, é fundamental que essas melhorias
sejam incluídas no contrato de renovação.
Se isso for acordado, as tão esperadas obras de
ampliação dos túneis de acesso aos bairros das Graças, Segredo e Elias
Raimundo, além da reforma da ponte de acesso ao Barro Preto, poderão finalmente
sair do papel. Cabe às nossas autoridades não "dormirem no ponto" e
lutar para que essas obras sejam incorporadas ao contrato. Caso contrário,
continuaremos a esperar por essas melhorias por mais uma década.
NOTA DE
PESAR
Esta semana foi marcada pela perda de duas figuras
que se dedicaram à vida pública.
No dia 24 de março, faleceu o ex-vereador Edy
Nelson Michalsky, que atuou na Câmara Municipal de Oliveira, durante a década
de 90, inclusive presidindo o Legislativo Municipal. Edinho, como era
conhecido, contribuiu significativamente para o desenvolvimento de nossa
cidade.
No dia 26 de março, faleceu o prefeito de Belo
Horizonte, Fuad Noman. Fuad, economista de formação, exerceu diversos cargos
técnicos tanto no Governo Federal quanto no Estado. Ele foi reeleito prefeito
de Belo Horizonte em outubro, mas não pôde cumprir seu segundo mandato, sendo
vitimado pelo câncer. De estilo técnico e moderado, Fuad deixou um legado
importante para o desenvolvimento da capital mineira. Seu último grande feito
foi derrotar a extrema direita em uma vitória histórica, evitando retrocessos
nas políticas públicas. Fuad nos ensinou que a política se faz com trabalho e
determinação, buscando soluções para os problemas que envolvem a sociedade.